quinta-feira, 7 de abril de 2011

Condomínio é ou não é empresa?

A proposta de uma vida simples, moldada na praticidade e conforto, pode conviver com os atuais desafios do século XXI? Devem os condomínios torna-se empresa, assumindo todos os direitos e deveres que a lei faculta a estas organizações? As respostas que forem dadas a estas questões são de suma importância para definir possíveis mudanças na estrutura condominial e, quiçá na Lei de Condomínios

Condomínio é ou não é empresa? Esta é uma das perguntas feitas por aqueles que, direta ou  indiretamente, estão envolvidos na administração de condomínios. As opiniões se dividem e, apesar de já haver algum tempo esta discussão, ainda não é possível chegar a alguma conclusão.


Mas, independentemente dos argumentos usados para a defesa dos diversos pontos de vista, todos admitem que os modelos administrativos adotados pelos condomínios sofreram muitas modificações, já que tanto o perfil dos moradores como dos prédios mudou muito. Impossível omitir da discussão palavras como modernidade, descentralização, terceirização. Elas fazem parte do carro-chefe de qualquer modelo administrativo e já alteraram, também, jurisprudências e estimularam projetos de lei no Congresso Nacional, com o objetivo de facilitar o processo de ajustes, como o que pretendia dar aos condomínios personalidade jurídica. Isto pode ser possível? Para aqueles que defendem a implantação de medidas empresariais em condomínios, a existência ou não de leis que legitimem a adoção de novas iniciativas não interfere neste processo, pois os condomínios, de certa forma, estão “ condenados” a mudar a sua gerência, já que o momento atual já não suporta empresas – sejam elas grandes ou pequenas – antigos paradigmas administrativos. E os condomínios estão incluídos. Respeitadas as devidas proporções, muitos condomínios têm hoje receitas maiores que algumas pequenas empresas, fazem investimentos em modernização e agem como se os condomínios fossem clientes, esperando bons serviços por parte do síndico e administradora. Estas inovações seriam suficientes para dar aos condomínios direitos de comprar imóveis, declarar imposto de renda,  burocratizar seu gerenciamento?

Via da simplicidade
Para os que não concordam com tais mudanças, assim o fazem por acreditar que quanto mais simples a administração de um condomínio, mesmo que ele englobe uma estrutura modernizada, mais fácil a vida de condôminos e síndicos, pois a praticidade tão definida por muitos  administradores – deve ser levada em consideração antes de se pensar em tais mudanças.

Em outras palavras, não se pode pensar em modernização se os regimentos internos e as convenções ainda não sofreram alterações e muitas delas sequer são registradas em cartório. Para este grupo, a modernização administrativa apenas estimula ainda mais a inadimplência, principalmente em momentos de crise econômica, e impede a discussão de diminuição das cotas condominiais.

Há muitos outros argumentos sobre a questão, e se deve levar em consideração que a realidade condominial brasileira é muito diversificada, não podendo prevalecer um modelo administrativo sob os demais. Mas de uma coisa todos admitem: não se pode mais fechar os olhos para as mudanças, para os apelos do mercado imobiliário e as novas exigências de condôminos para enfrentar os problemas atuais.

Garagem para veículos de duas rodas

Mesmo com tantos automóveis pelas ruas, o Brasil se locomove, também, sob duas rodas. As bicicletas conquistam, a cada ano, número signifi cativo de pessoas, e os condomínios precisam encontrar espaço para montar um bicicletário.


O Brasil produziu 5,7 milhões de bicicletas em 2010, 400 mil a mais que em 2009. E os números tenderão a crescer em 2011 e 2012, com estimativas, respectivamente, entre 6 e 6,3 milhões de unidades. O País é o terceiro maior produtor mundial, com 5,7% do mercado (a China, primeira colocada, responde por 80,7% de todas as bicicletas fabricadas no mundo). Mas estes números não
são refletidos nos condomínios, que ainda não consideram a possibilidade de dedicar um espaço aos bicicletários. Mas, contraditoriamente, as bicicletas estão em quase todos os condomínios, sejam
eles com pequenas ou grandes áreas. Quando não há um espaço adequado para guardá-las, os seus proprietários deixam nas nos corredores ou nas garagens, juntamente com os carros, o que muitas vezes gera reclamações e/ou furtos de bicicletas. Muitos condomínios, porém, optaram por
construir um espaço próprio para elas, garantindo segurança para todos: os bicicletários.
E quem assim fez não se arrependeu. Mas quais os itens que precisam ser levados em consideração para construir um bicicletário? Qualquer área pode ser transformada para este fim?

Cadê os bicicletários?
A maioria dos edifícios não tem esse espaço e mesmo entre os empreendedores é rara a preocupação em planejar isso. Muitas vezes ficam nos cantos que sobram nas garagens. E os que têm não gerenciam de forma adequada, pois estão muito próximos dos automóveis. Por isso, muitos deles acabam guardando a bike dentro de casa. O local deve ter sinalização indicativa (cartaz, placa ou similar), coberto ou não, em local visível, contendo quantidade suficiente de estruturas de fixação - chamada "paraciclo"- que permita a acomodação de todos os tipos de bicicletas, sem danificá-las e possibilitando a sua fixação com cadeado no quadro. O bicicletário deve estar localizado o mais
próximo possível da entrada do condomínio, de modo a ser mais visível por todos (usuários
e funcionários), o que melhora a sua segurança. A área do bicicletário (ou paraciclo) não pode ser invadida por automóveis ou motocicletas; portanto, caso haja este risco, a mesma deve ser demarcada com pintura, tachões, mureta ou cerca. Recomenda-se que o pavimento do bicicletário seja em concreto, asfalto ou lajota, podendo também ser de pedra britada. O pavimento deve ser nivelado, para impedir que a bicicleta caia ou deslize para fora da sua área. É necessário que a
área do bicicletário não acumule água.

Regras de uso e modelos
É interessante que os moradores que usarem o bicicletário coloquem etiquetas de identificação pois eventualmente em situação de emergência ou manutenção pode ser preciso pedir aos moradores retirarem as bicicletas. O síndico também pode fazer um comunicado colocando o bicicletário a disposição dos moradores, pedindo a colaboração de todos para mantê-lo em ordem e organizado e destacando que o condomínio não tem nenhuma responsabilidade por furto ou eventuais dados.

O bicicletário do tipo suspenso quanto o de chão/parede (Horizontal) são instalados nos condomínios. A maioria deles são fabricados em aço carbono galvanizado, com capacidade variada: 7, 10, 15 ou mais bicicletas. Quanto aos paraciclos (as estruturas de fixação), os mais adequados, segundo especialistas, são aqueles que permitem que a rodas no chão e que possibilitem a fixação de um cadeado no quadro do veículo. Os paraciclos que fixam a bicicleta por encaixe da roda são inadequados porque torcem o aro, entortam os raios, entortam os discos de freio das bicicletas com este dispositivo, não acomodam todas as dimensões de aro e não permitem a fixação de cadeado no quadro do veículo. Caso haja muitas crianças e idosos, os paraciclos que fixam as bicicletas penduradas devem ser evitados, porque nem todas as pessoas são dotadas de força suficiente para erguer a bicicleta; tais estruturas são aceitáveis para lugares onde as bicicletas permanecerão por longo período e onde houver o auxílio de funcionário.

Energia solar conquista Condomínios

As construtoras estão entrando na onda da energia solar e cada vez mais lançamentos imobiliários estão com os seus telhados tomados pelos coletores característicos da captação de energia solar. Em prédios já prontos complica, pois será preciso verificar se há espaço no telhado e definir por onde passarão as tubulações de água quente. Em edifícios, o uso mais comum é mesmo no aquecimento da água. A energia solar usada para aquecer a água é a energia térmica, enquanto a que é transformada em eletricidade chama-se fotovoltaica e é mais comum em locais distantes das redes de distribuição de energia. Mas pode ser usada como backup, embora alguns novos condomínios a estejam utilizando de ambas as formas, num conceito em que tanto privilegia o meio ambiente quanto o bolso do cliente. A energia solar não polui, não precisa de manutenção e pode ser usada praticamente em qualquer lugar do Brasil, onde a incidência de insolação ultrapassa a necessidade de eletricidade. O custo para instalar o equipamento num prédio pronto depende do número de moradores, mas o retorno do investimento se dá em cerca de dois anos.

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Correspondências que circulam pelo condomínio

Diariamente, chegam aos condomínios milhares de correspondências, mas, nem sempre, todas elas chegam às mãos dos destinatários e em tempo hábil. As caixas de correspondências são uma solução para o problema, mas não evitam o extravio.


Esquecidas em um local pouco visível, as caixas de correspondências são muito importantes em um condomínio. Seja de madeira ou aço, nelas são depositadas todos os documentos, correspondências e encomendas dos condôminos, que, em momento oportuno as recolherão, mediante o uso de uma chave, que fi ca em seu poder. Mas, a distribuição e entrega de correspondências nem sempre está livre de problemas e dúvidas em condomínios. Quem é o responsável por esta distribuição:
o carteiro ou o porteiro? Qual o local mais adequado para a instalação deste móvel? Como garantir a segurança de cada compartimento e evitar a violação de correspondências? Qual o tamanho ideal de cada compartimento? O condomínio deve garantir que toda correspondência chegue ao destinatário
nas mesmas condições em que foram entregues pelos Correios. Por isso, os escaninhos devem ter tamanho suficiente para que não sejam desviadas nem danificadas. Normalmente, elas possuem as seguintes dimensões: 32cm largura x 9cm altura e 46cm de profundidade, próprio para  correspondências e jornais. Caso cheguem encomendas maiores que estas medidas, o porteiro tem a responsabilidade de entregar ao destinatário em mãos. Seguindo o mesmo raciocínio, o local mais adequado é aquele que proteja as correspondências da chuva e do sol, mas esteja em um espaço de fácil acesso. Por isso, os condomínios reservam um local próximo da portaria, evitando que danos sejam causados.

Extravio
Um fato recorrente em boa parte dos condomínios é o extravio de cartas e encomendas que chegam ou deveriam chegar pelos Correios. O problema gera conflitos entre condôminos e a administração
e até entre vizinhos, mas poderia ser evitado com um bom planejamento da recepção e da  distribuição da correspondência. Em condomínios residenciais de grande porte, que contam
com funcionários na portaria, o recebimento de correspondências e encomendas para os moradores deve ser centralizado nos porteiros, que estiverem de serviço. Caso haja extravio da correspondência recebida pelo porteiro, com eventual dolo para o destinatário, o condomínio pode ser responsabilizado judicialmente. Depois de a correspondência ser recebida, o porteiro deve providenciar sua distribuição, que pode ser a entrega direta para o condômino, com protocolo de recebimento, em caso de encomenda, ou o depósito da carta em escaninhos individuais, por unidade,
trancados a chave, com cópia única de posse do condômino. Esse tipo de organização dá mais segurança à distribuição da correspondência.

Quando não tem porteiro
Já nos condomínios de menor porte, que não têm funcionários na portaria, o recebimento da  correspondência deve ser feito com a instalação de uma caixa de correio grande, fechada também
a chave, em área em que o carteiro ou entregador tenha acesso pelo lado de fora do prédio. A distribuição pode ser feita por uma faxineira, pelo próprio síndico ou por outra pessoa escolhida
pelos condôminos, com a entrega direta da correspondência ao destinatário ou com a colocação da carta no escaninho destinado à unidade onde ele reside que também precisa ser trancada a
chave, com cópia única de posse do referido condômino. Quem não conta com serviço de porteiro, deve ainda se precaver, antecipando situações e estabelecendo fórmulas para o recebimento de correspondências. Os condôminos de unidades que ficam vazias o dia inteiro, por exemplo, podem combinar com um vizinho o recebimento de cartas registradas e encomendas.

E os Correios?
A distribuição de cartas pelos Correios segue uma lógica, que nem sempre agrada. Se em casa todo mundo recebe a correspondência na própria caixa, nos condomínios, dependendo de como ele está organizado, não. Os carteiros não têm obrigação, por lei, de colocar as correspondências em cada
escaninho, e sim a uma pessoa responsável, que pode ser o porteiro, o síndico ou um morador, previamente escolhido para este fim.

Comercialização ou doação do lixo reciclado?

     Homens e mulheres perambulam pelas ci­dades à procura de material re­ciclado, pois com este trabalho, eles garantem o sustento de suas famílias. Os condomínios são visitados por estes catadores, que espontaneamente doam papéis e latas.Outros condomínios prefe- rem comercializar. Qual o melhor destino dado ao lixo reciclado? Os condomínios e síndicos de­vem ter em mente a importância social que estas comunidades têm ao seu redor, antes de decidir qual o destino que será dado ao lixo.

     Mas, seja a comercialização ou doação do lixo reciclável produ- zido pelo condomínio, é necessário se inteirar sobre as característi­cas do prédio – como o espaço físico e as rotinas de limpeza.
Definir que destino o material reciclável tomará, depois de se­lecionado, é a segunda parte do processo. Seja qual for a decisão, o mais sensato é procurar conhe cer bem o mercado de recicláveis.

     Quando a intenção do prédio for vender os recicláveis, é preciso pesquisar os valores antes, porque os preços de venda são baixos. Se for assim, pode ser frustrante. As pessoas acham que o dinheiro é proporcional à quantidade. Se o condomínio optar pela doação, elas podem ser encaminhadas para associações que vendem ou reaproveitam o material. Com a doação, estimula-se a educação ambiental, diminuindo os lixões e melhorando a qualidade de vida.

Reciclar não envolve gasto
     Normalmente, muitos con­domínios têm uma enorme vontade de participar do processo de coleta e reciclagem de lixo porque estão preocupados com a questão do lixo, mas não sabem que não é tão fácil assim. Tem gente que acha que im­plantar coleta seletiva é comprar lixeiras coloridas. Só depois de amontoarem recicláveis, desorde­nadamente, é que descobrem que têm de organizar um lugar e jun­tar uma quantidade muito grande para que alguém venha recolher.

     Os condomínios devem gastar o mínimo possível, tentar equili­brar a quantidade de trabalho dos funcionários e facilitar a partici­pação do condômino. Antes de começar a coleta seletiva do con­domínio, é indispensável conhecer bem o lixo “produzido” no local.
Alguns condomínios em todo o ambiental, já encamparam a idéia da reciclagem e introduziram um programa de coleta seletiva.
     Neste movimento, crianças e ado­lescentes se mobilizaram para re­colher latinhas de alumínio (cer­veja e refrigerante). Na verdade, há dois tipos de coleta no prédio: a espontânea e a programada. Na espontânea, cada morador leva seu material à garagem e o de­posita na lata. Na programada, os funcionários recolhem os saqui- nhos com material reciclável, que é deixado pelos condôminos ao lado do latão de lixo, em cada an­dar. Mas para passar da intenção à pratica e evitar problemas pro­vocados pela falta de informação, os condomínios podem ter à dis­posição varias organizações e ins- tituições que prestam orientação, gratuitamente, sobre a implan­tação da coleta seletiva de lixo.

Dicas Rápidas
- Toda embalagem reciclável, antes de ser jogada no lixo seletivo, deve ser lavada para não atrair insetos, nem ficar com cheiro forte, enquan­to estiver armazenada no prédio;
- Para tirar o grosso da sujeira das embalagens que serão desti­nadas à coleta seletiva, aproveite a água servida da pia da cozinha.
Isso também faz parte do compor­tamento ecológico, porque a água é um recurso cada vez mais escasso;
- A compra de lixeiras especiais é dis­pensável, pelo menos no momen­to inicial do projeto. Evite gastos!
- Qualquer cantinho disponível, na garagem ou espaços livres debaixo das escadas, é sufi­ciente para armazenar o ma­terial reciclável do prédio;
- Os restos de alimentos tam­bém podem ser reciclados.
Com poucos recursos é pos­sível transformá-los em adubos;
- Não jogue as baterias de celu­lar no lixo comum. As empresas produtoras já estão se respon­sabilizando pelo reconhecimento;
- As pilhas usadas, embora tenham substâncias tóxicas, infelizmente ainda não têm um destino adequa­do. Por enquanto, têm de ser joga­das no lixo comum. Evite acumulá-las para não haver contaminação;
- Não separe o lixo sem ter plane­jado primeiro para onde mandar.

*Andréa Mattos | Jornalista e colaboradora do Jornal do Sindico

Condomínio mais caro do mundo

     A inauguração de um condomí­nio na Inglaterra, no início deste ano, despertou atenções em vários outros pontos do planeta. São 80 tesouros imobiliários – os apar­tamentos mais caros do planeta. O metro quadrado custa 54 mil libras, o equivalente a R$ 140 mil. A cobertura é o que o em­preendimento tem de melhor e de mais caro: custa nada menos que R$ 265 milhões. Os móveis e a decoração fazem jus ao preço do apartamento: obras de arte se espa­lham pelas paredes e pelos salões, e a tecnologia facilita a vida dos moradores. Luxo e conforto sob o mesmo teto. Nas janelas, vidros à prova de balas. 


     O prédio também oferece abrigo antibomba no sub­solo. Nem todo o luxo do condo­mínio é maior do que o valor do lugar onde o apartamento mais caro do mundo fica: simplesmente em frente ao Hyde Park, um dos endereços mais cobiçados da Ter­ra. O arquiteto responsável pelo empreendimento afirma que não há localização melhor no mundo. A metade dos apartamentos foi vendida ainda durante a constru­ção. E as quatro coberturas de pre­ço estratosférico também já têm interessados. Mas os nomes dos bilionários não foram divulgados.


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Convenção condominial é...

Todo país tem a sua Carta Magna, assim como as empresas, as instituições filantrópicas, comerciais e educacionais. E os condomínios têm a sua convenção. Nela, os condôminos ficam sabendo quais são os seus direitos, deveres e as soluções em casos de desacordos.



É do conhecimento de to­dos o grande número de condomínios que não possuem a sua constituição: a convenção. Os moradores vivem durante anos em um prédio sem saber ao certo as regras que regem o trabalho e a administração local, e há muitos condôminos que se abstêm de determinadas obrigações por acharem que, por falta da convenção, eles estão isentos de responsabili­dades diante da comunidade.
Já os condomínios que pos­suem a sua convenção – re­gistrada ou não – tiveram que fazer as alterações necessárias para adaptar-se ao novo Código Civil, que trouxe mudanças sig­nificativas. Mesmo espelhando realidades as mais diversas, em toda convenção devem constar alguns itens básicos, e a ausên­cia de algum deste item pode trazer conseqüências graves na solução de problemas: até que horas o salão de festas pode ser utilizado? Qual o quorum ne­cessário para a eleição de um síndico? E o condomínio tem obrigação de pagar um salário ao síndico? Perguntas como es­tas podem – e devem – ser res­pondidas pela convenção. Abai­xo, estão listadas as cláusulas principais de uma convenção.
Tópicos mais importantes

Animais - A permissão ou proibição de animais de esti­mação no condomínio deve estar prevista na convenção ou no regulamento interno.

Construções e obras - Refor­mas ou alterações nas áreas internas privativas são permi­tidas, desde que estejam den­tro do estabelecido em legisla­ção específica para edificação, não comprometam a estrutura do edifício, nem prejudiquem os outros moradores. As áre­as de uso comum não podem ser alteradas salvo aprova­ção de todos os condôminos.

Fachada - A legislação de condomínio proíbe qualquer alteração que modifique a fa­chada do prédio, salvo se for obtida autorização de todos os condôminos. Os infratores es­tão sujeitos a uma multa pre­vista na convenção e podem ser obrigados a desfazer a al­teração. Atenção: a instalação de grades ou redes protetoras não constitui alteração de fa­chada, pois visa à segurança, especialmente de crianças.
Garagem - A utilização de ga­ragem em espaço de uso co­mum pelos moradores pode ocasionar atritos. Por isso, con­vém que a convenção estipule regras, como: identificação para entrada do veículo (selos, cartões, chaves de acionamen­to, zelador, etc.); demarcação da vaga (fixa, por chegada, por rodízio ou sorteio); a definição de vagas pelo tamanho do veí­culo; necessidade de manobras (pelo morador ou funcionário do condomínio); responsabili­dade sobre furtos e danos; per­missão ou não de lavagem de carros na garagem; possibilida­de ou não de locação de vagas para terceiros, estranhos ao con­domínio; utilização da garagem por visitantes; normas de segu­rança (sinalização, iluminação, extintores, demarcação etc.); forma jurídica da garagem, se área privativa ou comum.

Horário - A convenção, o re­gimento interno ou as assem­bléias, em função da conveniên­cia da maioria dos condôminos, determinam os horários para realização de mudanças, uso do salão de festas e de jogos, do playground, da piscina, do fe­chamento das portas de acesso, de uso da garagem, etc. Nem o síndico, administradora ou unilateralmente, os horários.

Piscina - As regras para a utilização da piscina, como o horário e época de funcio­namento, o exame médico, o uso por visitantes, a contrata­ção de pessoal para segurança e a manutenção, são itens que devem ser regulados pela con­venção ou regimento interno.


Salão de festas
- O uso do sa­lão deve ser previsto na con­venção ou no regimento inter­no, no que diz respeito à forma de sua utilização (custo, limpe­za, horário, equipamentos etc.).

Brinquedotecas chegam aos condomínios. Crianças agradecem

Objetivando proporcionar mais opções de lazer, os condomínios investem em brinquedotecas, espaço destinado a crianças de todas as idades. A ideia é bem-vinda, mas é necessário atentar-se para itens que garantam a segurança e estímulo à ludicidade.

      Brinquedoteca é um espaço do­tado de brinquedos construídos a partir das mais diversas inspira­ções e que proporcionam à criança um desenvolvimento harmonioso da sensibilidade, da afetividade e da capacidade de encantamento necessário para a formação de pes­soas mais sensíveis e criativas. Em termos de estrutura, pode-se dizer que uma brinquedoteca é uma “bi­blioteca” de brinquedos e brinca­deiras onde as crianças escolhem as atividades que querem desen­volver. Aliás, a palavra é essa mesmo: desenvolvimento. Afi­nal, brincadeira para as crianças, além de coisa séria, é ingrediente fundamental do crescimento físi­co e intelectual. A brinquedoteca colabora ainda para que se cum­pra, de forma plena e absoluta, o “direito de brincar”. Sim, aquele mesmo que as crianças de antiga­mente – e até hoje as do interior – exerciam ao escalar árvores, jo­gar bolas, brincar de casa e do que mais a imaginação pudesse criar. Nesses tempos de apartamentos pequenos, corredores apertados e violência solta, as brinquedo­tecas transformaram num oásis em que os pais podem ver seus filhos brincando em segurança.
Em prédios e condomínios, não há desculpas para não disponibi­lizar às crianças pequenas uma brinquedoteca. Geralmente, em espaços a partir de exíguos 4 me­tros quadrados já é possível criar um espaço lúdico para crianças. Como quase tudo na vida, existem opções para todos os bolsos e gos­tos. Porém, mesmo a mais econô­mica delas pode tornar um espaço sem vida e inutilizado de um con­domínio em um local agradável para as crianças e que pode ser uti­lizado o ano inteiro, ao contrário dos playgrounds externos, sempre sujeitos às variações climáticas.
O salão de jogos é um bom local para abrigar uma pequena brinque­doteca e deve ser formulado pen­sando em atender às mais diversas faixas etárias, contando com uma decoração atrativa e com elemen­tos confortáveis, mas também duráveis e resistentes à garotada. Esse investimento pequeno ajuda a preservar outras áreas comuns e evitar corre-corre e algazarras pelos halls, corredores e escadas - assunto problemático em boa parte dos condomínios.

Estrutura física
Uma brinquedoteca deve con­tar com atrativos que estimulem a criança brincar, possibilitando o acesso a uma grande variedade de brinquedos, dentro de um am­biente especialmente lúdico. Cada ambiente deve ser reservado para um tipo de atividade – jo­gos de tabuleiro, de encaixe, de montagem, "faz de conta", casa de bonecas, tanque de areia, música, oficina de artes, teatro, teatro de fantoches e li­vros, além de brincadeiras ao ar livre. Poderá haver um espa­ço disponível onde as crianças possam comemorar o seu ani­versário de maneira diferente.
Uma área disponível que tenha boa ventilação e ilumi­nação pode se transformar em uma brinquedoteca improvi­sada. Para transformar o am­biente, lembre-se dos recursos básicos para que ela funcione da melhor maneira. Para evitar acidentes e tornar a brincadeira segura, a primeira providência vem do piso. O ideal é aplicar um emborrachado. Se quiser algo mais prático, há tapetes montáveis que também ajudam. Eles podem ser adquiridos em partes e podem ser montados de acordo com crianças de qualquer idade, podendo ser freqüentado por crianças a par­tir do seu nascimento até a mais tenra idade, não existe restrição e separação por faixa sócio-eco­nômica de seus freqüentadores, já que seu objetivo é resgatar na criança o prazer de brincar.

Segurança em todos os de­talhes
Quando se trata em diversão para crianças, vários itens devem ser considerados, mas, certamente, a segurança é o mais importante, pois não adianta um espaço bonito e atraente à garotada, se não garantir a segurança, em todos os detalhes. Isso inclui os tecidos da cortina, móveis, iluminação, por exemplo.
Quanto aos tecidos, o ideal é uti­lizar aqueles que são confortáveis ao tato e de fácil limpeza, como o poliéster para cortinas, já que amas­sam pouco, e o algodão. Para os estofados pode-se optar pela sarja ou o couro sintético. Dependendo do uso, este último pode furar fa­cilmente, mas ambos os materiais possuem uma limpeza mais fácil.
Em uma brinquedoteca, o ideal é utilizar poucos móveis deixan­do o espaço livre para as brinca­deiras. Baús permitem armazenar rapidamente os brinquedos e pra­teleiras altas permitem guardar objetos que serão dados às crian­ças nos momentos adequados.
É importante escolher móveis com cantos arredondados e resis­tentes, pois não podem soltar pe­daços nem possibilitar acidentes.
Quanto ao uso da iluminação artificial, o ideal é ter dois tipos de iluminação: uma direta (que pode ser fluorescente) e que ilumina todo o espaço auxiliando as brinca­deiras, e outra indireta, para quan­do a criança utilizar um colchonete para dormir no local. Outra opção é utilizar um dimmer para controlar a luz do ambiente de acordo com a atividade que está sendo realizada.
Evite o uso do vidro. Boas op­ções são o MDF e a madeira ma­ciça. Tapetes de fácil limpeza, como os de borracha, futons e mesas baixas são ótimas dicas.
www.rendamagnetica.ganhardinheiroagora.com                  *Andrea Mattos |Jornalista e colaboradora do Jornal do Síndico