Mesmo com tantos automóveis pelas ruas, o Brasil se locomove, também, sob duas rodas. As bicicletas conquistam, a cada ano, número signifi cativo de pessoas, e os condomínios precisam encontrar espaço para montar um bicicletário.
O Brasil produziu 5,7 milhões de bicicletas em 2010, 400 mil a mais que em 2009. E os números tenderão a crescer em 2011 e 2012, com estimativas, respectivamente, entre 6 e 6,3 milhões de unidades. O País é o terceiro maior produtor mundial, com 5,7% do mercado (a China, primeira colocada, responde por 80,7% de todas as bicicletas fabricadas no mundo). Mas estes números não
são refletidos nos condomínios, que ainda não consideram a possibilidade de dedicar um espaço aos bicicletários. Mas, contraditoriamente, as bicicletas estão em quase todos os condomínios, sejam
eles com pequenas ou grandes áreas. Quando não há um espaço adequado para guardá-las, os seus proprietários deixam nas nos corredores ou nas garagens, juntamente com os carros, o que muitas vezes gera reclamações e/ou furtos de bicicletas. Muitos condomínios, porém, optaram por
construir um espaço próprio para elas, garantindo segurança para todos: os bicicletários.
E quem assim fez não se arrependeu. Mas quais os itens que precisam ser levados em consideração para construir um bicicletário? Qualquer área pode ser transformada para este fim?
Cadê os bicicletários?
A maioria dos edifícios não tem esse espaço e mesmo entre os empreendedores é rara a preocupação em planejar isso. Muitas vezes ficam nos cantos que sobram nas garagens. E os que têm não gerenciam de forma adequada, pois estão muito próximos dos automóveis. Por isso, muitos deles acabam guardando a bike dentro de casa. O local deve ter sinalização indicativa (cartaz, placa ou similar), coberto ou não, em local visível, contendo quantidade suficiente de estruturas de fixação - chamada "paraciclo"- que permita a acomodação de todos os tipos de bicicletas, sem danificá-las e possibilitando a sua fixação com cadeado no quadro. O bicicletário deve estar localizado o mais
próximo possível da entrada do condomínio, de modo a ser mais visível por todos (usuários
e funcionários), o que melhora a sua segurança. A área do bicicletário (ou paraciclo) não pode ser invadida por automóveis ou motocicletas; portanto, caso haja este risco, a mesma deve ser demarcada com pintura, tachões, mureta ou cerca. Recomenda-se que o pavimento do bicicletário seja em concreto, asfalto ou lajota, podendo também ser de pedra britada. O pavimento deve ser nivelado, para impedir que a bicicleta caia ou deslize para fora da sua área. É necessário que a
área do bicicletário não acumule água.
Regras de uso e modelos
É interessante que os moradores que usarem o bicicletário coloquem etiquetas de identificação pois eventualmente em situação de emergência ou manutenção pode ser preciso pedir aos moradores retirarem as bicicletas. O síndico também pode fazer um comunicado colocando o bicicletário a disposição dos moradores, pedindo a colaboração de todos para mantê-lo em ordem e organizado e destacando que o condomínio não tem nenhuma responsabilidade por furto ou eventuais dados.
O bicicletário do tipo suspenso quanto o de chão/parede (Horizontal) são instalados nos condomínios. A maioria deles são fabricados em aço carbono galvanizado, com capacidade variada: 7, 10, 15 ou mais bicicletas. Quanto aos paraciclos (as estruturas de fixação), os mais adequados, segundo especialistas, são aqueles que permitem que a rodas no chão e que possibilitem a fixação de um cadeado no quadro do veículo. Os paraciclos que fixam a bicicleta por encaixe da roda são inadequados porque torcem o aro, entortam os raios, entortam os discos de freio das bicicletas com este dispositivo, não acomodam todas as dimensões de aro e não permitem a fixação de cadeado no quadro do veículo. Caso haja muitas crianças e idosos, os paraciclos que fixam as bicicletas penduradas devem ser evitados, porque nem todas as pessoas são dotadas de força suficiente para erguer a bicicleta; tais estruturas são aceitáveis para lugares onde as bicicletas permanecerão por longo período e onde houver o auxílio de funcionário.
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