quinta-feira, 7 de abril de 2011

Brinquedotecas chegam aos condomínios. Crianças agradecem

Objetivando proporcionar mais opções de lazer, os condomínios investem em brinquedotecas, espaço destinado a crianças de todas as idades. A ideia é bem-vinda, mas é necessário atentar-se para itens que garantam a segurança e estímulo à ludicidade.

      Brinquedoteca é um espaço do­tado de brinquedos construídos a partir das mais diversas inspira­ções e que proporcionam à criança um desenvolvimento harmonioso da sensibilidade, da afetividade e da capacidade de encantamento necessário para a formação de pes­soas mais sensíveis e criativas. Em termos de estrutura, pode-se dizer que uma brinquedoteca é uma “bi­blioteca” de brinquedos e brinca­deiras onde as crianças escolhem as atividades que querem desen­volver. Aliás, a palavra é essa mesmo: desenvolvimento. Afi­nal, brincadeira para as crianças, além de coisa séria, é ingrediente fundamental do crescimento físi­co e intelectual. A brinquedoteca colabora ainda para que se cum­pra, de forma plena e absoluta, o “direito de brincar”. Sim, aquele mesmo que as crianças de antiga­mente – e até hoje as do interior – exerciam ao escalar árvores, jo­gar bolas, brincar de casa e do que mais a imaginação pudesse criar. Nesses tempos de apartamentos pequenos, corredores apertados e violência solta, as brinquedo­tecas transformaram num oásis em que os pais podem ver seus filhos brincando em segurança.
Em prédios e condomínios, não há desculpas para não disponibi­lizar às crianças pequenas uma brinquedoteca. Geralmente, em espaços a partir de exíguos 4 me­tros quadrados já é possível criar um espaço lúdico para crianças. Como quase tudo na vida, existem opções para todos os bolsos e gos­tos. Porém, mesmo a mais econô­mica delas pode tornar um espaço sem vida e inutilizado de um con­domínio em um local agradável para as crianças e que pode ser uti­lizado o ano inteiro, ao contrário dos playgrounds externos, sempre sujeitos às variações climáticas.
O salão de jogos é um bom local para abrigar uma pequena brinque­doteca e deve ser formulado pen­sando em atender às mais diversas faixas etárias, contando com uma decoração atrativa e com elemen­tos confortáveis, mas também duráveis e resistentes à garotada. Esse investimento pequeno ajuda a preservar outras áreas comuns e evitar corre-corre e algazarras pelos halls, corredores e escadas - assunto problemático em boa parte dos condomínios.

Estrutura física
Uma brinquedoteca deve con­tar com atrativos que estimulem a criança brincar, possibilitando o acesso a uma grande variedade de brinquedos, dentro de um am­biente especialmente lúdico. Cada ambiente deve ser reservado para um tipo de atividade – jo­gos de tabuleiro, de encaixe, de montagem, "faz de conta", casa de bonecas, tanque de areia, música, oficina de artes, teatro, teatro de fantoches e li­vros, além de brincadeiras ao ar livre. Poderá haver um espa­ço disponível onde as crianças possam comemorar o seu ani­versário de maneira diferente.
Uma área disponível que tenha boa ventilação e ilumi­nação pode se transformar em uma brinquedoteca improvi­sada. Para transformar o am­biente, lembre-se dos recursos básicos para que ela funcione da melhor maneira. Para evitar acidentes e tornar a brincadeira segura, a primeira providência vem do piso. O ideal é aplicar um emborrachado. Se quiser algo mais prático, há tapetes montáveis que também ajudam. Eles podem ser adquiridos em partes e podem ser montados de acordo com crianças de qualquer idade, podendo ser freqüentado por crianças a par­tir do seu nascimento até a mais tenra idade, não existe restrição e separação por faixa sócio-eco­nômica de seus freqüentadores, já que seu objetivo é resgatar na criança o prazer de brincar.

Segurança em todos os de­talhes
Quando se trata em diversão para crianças, vários itens devem ser considerados, mas, certamente, a segurança é o mais importante, pois não adianta um espaço bonito e atraente à garotada, se não garantir a segurança, em todos os detalhes. Isso inclui os tecidos da cortina, móveis, iluminação, por exemplo.
Quanto aos tecidos, o ideal é uti­lizar aqueles que são confortáveis ao tato e de fácil limpeza, como o poliéster para cortinas, já que amas­sam pouco, e o algodão. Para os estofados pode-se optar pela sarja ou o couro sintético. Dependendo do uso, este último pode furar fa­cilmente, mas ambos os materiais possuem uma limpeza mais fácil.
Em uma brinquedoteca, o ideal é utilizar poucos móveis deixan­do o espaço livre para as brinca­deiras. Baús permitem armazenar rapidamente os brinquedos e pra­teleiras altas permitem guardar objetos que serão dados às crian­ças nos momentos adequados.
É importante escolher móveis com cantos arredondados e resis­tentes, pois não podem soltar pe­daços nem possibilitar acidentes.
Quanto ao uso da iluminação artificial, o ideal é ter dois tipos de iluminação: uma direta (que pode ser fluorescente) e que ilumina todo o espaço auxiliando as brinca­deiras, e outra indireta, para quan­do a criança utilizar um colchonete para dormir no local. Outra opção é utilizar um dimmer para controlar a luz do ambiente de acordo com a atividade que está sendo realizada.
Evite o uso do vidro. Boas op­ções são o MDF e a madeira ma­ciça. Tapetes de fácil limpeza, como os de borracha, futons e mesas baixas são ótimas dicas.
www.rendamagnetica.ganhardinheiroagora.com                  *Andrea Mattos |Jornalista e colaboradora do Jornal do Síndico

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